domingo, 9 de agosto de 2009

SEMANA 6 - SEMANA MUNDIAL DE AMAMENTAÇÃO - CAPÍTULO 5

DESMAME PRECOCE

A Mulher fora do lar/ mulher
trabalhadora
Atualmente muitas mulheres
vêm assumindo o papel de chefes
de família, somando-se ao de mãe,
esposa e filha, não tendo muito
tempo para amamentar. Além do
estresse emocional que esses papéis
acumulam, também se prejudica a
amamentação.
A respeito, parte das entrevistadas,
respondeu que o motivo do
desmame precoce de seus filhos
foi a volta do trabalho fora do lar.
A pressão social, resultante das
transformações econômicas e da
crescente inserção da mulher no
mercado de trabalho, que compõe
um cenário favorável ao desmame,
se fez perceber ao longo do tempo. Assim
é que mães que não trabalhavam
fora do lar tiveram uma chance significativamente
maior para o aleitamento
materno e uma tendência
de associação em relação ao aleitamento
materno exclusivo.
O trabalho foi revelado como
elemento dificultador ou impeditivo
para a amamentação.
As mulheres demonstraram
uma grande dificuldade em conciliar
as múltiplas atribuições, o
que se transformou, inclusive, em
motivo de angústia e preocupação,
sentimentos que impactam negativamente
na fisiologia da lactação.
Atualmente, as mulheres brasileiras
empregadas no mercado formal
de trabalho têm quatro meses
de licença à maternidade remunerada.
Quando retornam ao emprego,
têm direito a dois intervalos de
meia hora, mas para serem efetivos
estes intervalos deveria haver creche
no local de trabalho. Por isso, a
maioria das mães prefere desfrutar
da concessão de sair uma hora mais
cedo do trabalho em razão da distância
entre o local de trabalho e
sua residência.
É importante que a mãe tenha
consciência de que a amamentação
é uma das experiências mais gratificantes
para as mulheres e que
se deve empenhar-se para que ela
seja mantida o máximo de tempo
possível.

Nota-se uma contradição entre
os seis meses de aleitamento materno
exclusivo, recomendados pelo
Ministério da Saúde, e a licença
à maternidade de quatro meses vigente,
sendo que esta lei passa por
alterações. As mães começam a
introduzir outros alimentos pouco
tempo antes de voltar ao trabalho
para que seus filhos vão se acostumando
ao novo hábito alimentar.
Cabe ressaltar que, em relação à
ordenha e armazenamento do leite
materno, as técnicas não são ou são pouco usadas. Esta
prática seria a solução para a continuidade
do aleitamento materno
exclusivo às mães que trabalham
fora do lar, no entanto não é praticada
pelas mães nem orientada
pelos profissionais de saúde.

ORDENHA MAMÁRIA NO BANCO DE LEITE HUMANO
A ordenha mamária deverá ser feita pelo profissional do Banco de Leite até que a mãe possa fazer sozinha.
· Retirar anéis, pulseiras e relógios.
· Lavar mãos e antebraço fazendo cuidadosa limpeza das unhas com sabão e água corrente.
· Secar as mãos com toalha descartável.
· Fechar torneira com a própria toalha.
· Vestir avental.
· Friccionar as mãos com álcool a 70%, glicerinado ou não, durante 30 segundos.
· Dispor de frasco estéril sobre a mesa para coleta do leite humano.
· Calçar luvas de procedimento.
· Explicar a técnica de ordenha manual a ser seguida.
· Massagear toda a mama no sentido aréola - tórax em movimentos circulares.
· Massagear toda a mama no sentido da saída do leite (tórax - aréola).
· Iniciar expressão manual, desprezando os primeiros jatos de leite para evitar contaminação.
· Colocar o frasco abaixo da aréola, deixando a tampa na mesa com a parte estéril para cima.
· Realizar expressão suavemente para promover a saída do leite diretamente no frasco.
· Fechar o frasco.
· Rotular o frasco com o nome da doadora, número de dias pós - parto, data, local da ordenha e nome de quem realizou a ordenha.
· Armazenar o leite por 24 hs na geladeira e, quando for administrar, aquecê-lo em banho-maria, para não perder as propriedades nutricionais.