sábado, 8 de agosto de 2009

SEMANA 6 - SEMANA MUNDIAL DE AMAMENTAÇÃO - CAPÍTULO 4

Dúvidas mais freqüentes das mães em relação à amamentação

Leite fraco ou pouco leite
Dois terços do leite é produzido durante a sucção, apenas 1/3 é armazenado, portanto mama vazia não significa ausência de leite. Não existe leite fraco. O mesmo pode variar de cor, mas todos são adequados sob o ponto de vista imunológico e nutricional. Quanto ao pouco leite, muitas vezes é apenas uma percepção errônea da mãe. Com freqüência o choro do bebê é interpretado como fome. E muitas vezes esse choro é causado por algum desconforto do bebê ou simplesmente trata-se de uma forma de solicitar aconchego e proteção. É uma “fome de afeto”. Na maioria das vezes em que há uma diminuição real da produção do leite, esta está relacionada com técnica incorreta de amamentação ou ainda ao uso de chupetas ou mamadeiras. Se a criança não mama com uma técnica correta, ela pode ingerir menos leite e não esvaziar adequadamente a mama. Como conseqüência, a mama passa a produzir menos leite e a criança, por não ficar saciada, vai fazer intervalos menores entre as mamadas. Aí surge a insegurança da mãe e a associação com leite fraco. As chupetas e os bicos de mamadeira podem interferir na amamentação, pois podem confundir a criança, já que o tipo de sucção é completamente diferente da sucção ao peito. Além disso, sabe-se que as crianças que chupam chupeta mamam menos no peito, ou seja, há um menor estímulo da mama, e conseqüentemente, uma menor produção de leite. Portanto, atualmente, não se recomenda o uso de chupetas e mamadeiras. É uma recomendação internacional.
Cirurgia para redução da mama interferindo na amamentação Existem estudos que mostram claramente o quanto a cirurgia redutora pode influir negativamente na lactação. As mulheres com cirurgia praticamente não conseguiram amamentar exclusivamente e a duração do aleitamento materno foi muito menor quando comparadas com mulheres semelhantes, porém sem cirurgia prévia.Quanto ao silicone é diferente, pois a cirurgia não corta inervação, nem mexe no mamilo.
Amamentação evitando nova gravidez
Nos primeiros seis meses após o parto, se a nutriz (lactante) estiver amamentando exclusivamente e não menstruar, a chance de engravidar é de apenas 0,5 a 2%. Normalmente na mulher em idade reprodutiva a hipófise, que controla a fertilidade, manda todo mês ordens hormonais para o útero, mamas e ovários, dizendo-lhes que se preparem para engravidar. Após o parto, o estímulo hormonal comandado pela hipófise fica desorganizado pelos efeitos da sucção ao seio, demorando mais tempo, para ocorrer a ovulação que pode acontecer aos 3 – 5, 6 meses; dependendo da freqüência das mamadas. Sabe-se hoje, que a mulher que só dá o leite do peito no primeiro semestre de vida do bebê ficará por mais tempo sem ovular e sem menstruar. Recomenda-se a adoção de um método anticoncepcional complementar como a camisinha (masculina ou feminina), o DIU, diafragma ou a minipílula, após o 6º mês de vida do bebê ou quando a mulher não está mais amamentando exclusivamente ou menstruou. Converse com o seu obstetra sobre o LAM – Método de Amenorréia Lactacional.
A hora do desmame

O ideal é que o bebê receba apenas leite materno até o sexto mês de vida. Depois disso, você deve amamentar por quanto tempo você e seu bebê desejarem, lembrando que todos os benefícios continuam após o sexto mês e quanto mais você amamentar, mais seu filho ficará protegido. Hoje em dia, a OMS, o UNICEF e o Ministério da Saúde afirmam que o Aleitamento pode continuar até os 2 anos. Após os seis meses a alimentação será completada com um cardápio saudável, sem a necessidade de leites infantis em mamadeiras. As chupetas são desnecessárias e prejudiciais, exceto em raros casos.
Direitos da mulher que trabalha fora em relação à amamentação
Segundo a legislação brasileira, a mulher que trabalha fora tem o direito à licença-maternidade de 120 dias (4 meses) a partir do oitavo mês de gestação ou após o parto. Depois deste período, o direito de amamentar durante a jornada de trabalho é de dois meses. Caso não tenha creche ou banco de leite no local de trabalho, pode-se negociar que a nutriz tenha uma hora a mais de almoço (caso ela more perto do trabalho) ou que saia uma hora antes. É importante lembrar que toda empresa com mais de 30 mulheres tem que ter creche. O pai também tem direitos: 5 dias de licença paternidade – ainda é pouco, mas dá para trocar umas fraldas e preparar uns lanches gostosos para a mãe de seu novo filho !