sexta-feira, 18 de setembro de 2009

SEMANA 8 - DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS

PNEUMONIA NA CRIANÇA
A pneumonia infantil é uma infecção ou inflamação aguda do pulmão. Ela pode ser causada por vários microorganismos diferentes, incluindo vírus, bactérias, parasitas ou fungos. O início da pneumonia viral se caracteriza por um quadro prévio de catarro nas vias superiores, com rinite, febre ou febrícula, aparecendo posteriormente o compromisso da via respiratória inferior com dificuldade respiratória e aumento da frequência respiratória.
Por outro lado, a pneumonia bacteriana se caracteriza por um início repentino com febre, dificuldade respiratória, dor torácica. Os germes variam segundo a idade do paciente.
A maioria das pneumonias causa febre, tosse com secreção (tossir com muco), falta de ar e fadiga. Nos pacientes mais velhos, a fadiga ou a confusão mental podem ser os únicos sintomas ou os mais importantes. Nas pneumonias atípicas e virais, uma tosse seca, sem muco, é mais comum.

Sintomas e causas da pneumonia em crianças e bebês
A maioria dos casos são de causa infecciosa. Os microorganismos mais comuns são os vírus respiratórios entre os que se destaca o Adenovírus (mais grave). Por sua vez, existem outras causas infecciosas como as bacterianas menos frequentes mas podem ser mais graves. A pneumonia causada pelo streptococcus pneumoniae é a pneumonia bacteriana mais comum. Em geral, os pacientes com pneumonia bacteriana apresentam uma doença subjacente crônica ou aguda, que compromete as defesas do hospedeiro e é mais comum e mais presente durante os meses de inverno, nas zonas temperadas e entre indivíduos da população da idade de 15 a 45 anos.
Existem outros microorganismos que também provocam a pneumonia bacteriana, porém com freqüência bem menor; entre eles incluem-se a Klebsiella pneumoniae, Staphyloccus aureus, Haemophilus influenzae, Legionella peumophila. Pode ocorrer como uma forma lobar ou broncopneumônica.
Outro tipo de pneumonia são as denominadas Pneumonias Atípicas (produzidas por mycoplasmas) que pode apresentar-se em aproximadamente 30% das crianças maiores de 5 anos.

Tratamento da pneumonia em crianças e bebês
A maioria das pneumonias é tratada em domicílio. Recomenda-se deixar a criança com a cabeceira elevada em 45º, uma boa hidratação do paciente, o uso de nebulizadores (com ou sem gotas, dependendo da presença de obstrução bronquial), uso de determinados antibióticos que se devem ajustar tanto na dose como na idade para sua escolha. O uso de antitussígenos não é recomendado, já que podem cortar o reflexo de defesa que dá a tosse e piorar o estado do paciente (atenção com isso), pois ao não tossir, não se eliminam as secreções, ficando retidas e produzindo um fator a mais para piorar a saúde do paciente. Por volta de 24 a 48 hs de tratamento a tosse aumenta, não significando piora e sim a mobilização de muco e eficácia do antibiótico. Evite o contato com outras crianças neste período. Crianças em tratamento devem ser reavaliadas após 48hd de antibiótico para averiguar possíveis complicações. Não automedique um suposto processo pulmonar.


Indicações de internação

Para crianças menores de 4 anos:
- abaixo de 2 meses=sempre
- cianose, saturação de oxigenio menor que 92%
- frequencia respiratória maior que 70 por minuto, batimento de asas nasais
- dificuldade de respirar
- gemência
-sinais de desidratação
-derrame pleural associado

Para crianças maiores de 4 anos:
- frequencia respiratória maior que 50 por minuto
- cianose, saturação baixa, gemência ,dificuldade de respirar, desidratação e derrame pleural associado.
-prostração intensa.
-fatores associados que diminuem a deficiência imunológica da criança, tais como desnutrição, anemia falciforme, cardiopatia, síndrome de down